No próximo dia 10 de março, a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE-AL) realizará uma audiência pública para discutir a preservação da Lagoa da Anta, localizada no bairro da Jatiúca, em Maceió. O foco do debate é um projeto que prevê a construção de cinco megatorres de 15 andares na região, o que tem gerado controvérsias e preocupações entre moradores, ambientalistas e autoridades locais.
O projeto promete alterar significativamente o panorama urbanístico do bairro, e tem gerado questionamentos sobre o impacto ambiental na área, que abriga a última lagoa urbana de Maceió, anteriormente bem maior, mas atualmente um importante espaço de convivência urbana. “O nosso objetivo é reunir os envolvidos para encontrar uma solução que evite danos ambientais. A Lagoa da Anta deve ser preservada”, afirmou o deputado Delegado Leonam (União Brasil), organizador da audiência.
A Construtora Record, responsável pela negociação, ainda não se manifestou oficialmente sobre o projeto. Em entrevista à TV Gazeta, um dos diretores da empresa alegou estar viajando e não comentou detalhes do empreendimento. No entanto, Hélio Abreu, sócio da Record, confirmou que a negociação está sendo conduzida “sob sigilo”. Ele revelou ainda que, além do pagamento inicial, a construtora assumirá uma dívida de R$ 260 milhões do Grupo Lundgren com instituições financeiras, com um pagamento adicional de R$ 260 milhões, totalizando R$ 520 milhões. Esse valor inclui uma valorização de 35% pela incorporação da área no projeto.