Cabeludo já enfrentava problemas com a Justiça, possuindo um mandado de prisão preventiva por envolvimento em organização criminosa. Além disso, seu histórico criminal inclui uma anotação e dois registros de ocorrência. Nas redes sociais, o jovem costumava ostentar uma vida marcada pelo crime, exibindo armas, roupas camufladas, cordões de ouro e dentes de ouro característicos. Sua identidade também estava ligada ao apoio ao Flamengo, já que frequentemente publicava mensagens relacionadas ao clube de futebol.
Imagens divulgadas nas redes sociais logo após sua morte mostraram Cabeludo ao lado de Oruam, rapper e filho de Marcinho VP, um dos líderes mais reconhecidos do Comando Vermelho. Essa conexão foi intensamente noticiada e amplamente compartilhada, corroborando o envolvimento de Cabeludo com a facção criminosa e a cultura do crime na comunidade.
A operação resulta em um saldo trágico, com 121 mortos, incluindo 117 suspeitos e quatro agentes de segurança. Desses 117, conforme as investigações realizadas pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), 115 tiveram suas identidades confirmadas. No entanto, os outros dois corpos ainda não foram oficialmente identificados, embora indícios indiquem que sejam do sexo masculino. Essa verificação foi crucial para desmentir rumores que apontavam para a presença de mulheres nas vítimas da operação.
Esse cenário evidencia não apenas a guerra entre facções criminosas nas comunidades cariocas, mas também a complexa relação entre os jovens que, como Cabeludo, se veem atraídos por uma vida de criminalidade e ostentação. O desdobramento dessa megaoperação trará reflexões sobre as desigualdades sociais e os desafios enfrentados pelas autoridades na busca por uma solução eficaz para a violência nas favelas do Rio de Janeiro.
