Domingos destacou que a análise dos fuzis está sendo conduzida pela Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE) da polícia. De acordo com o delegado, mais de 90% dos fuzis da plataforma AR apreendidos eram falsificados, sinalizando a elaboração de estratégias complexas para driblar as autoridades. A operação, que envolveu aproximadamente 2.500 agentes em 26 comunidades, desencadeou um cenário caótico, onde moradores foram vistos tentando recolher e cobrir os corpos deixados nas ruas.
Além dos fuzis, a operação resultou na apreensão de 118 armas de fogo em geral, incluindo pistolas, uma revólver e 14 artefatos explosivos, todos prontos para uso. Os equipamentos, muitos deles equipados com acessórios de precisão como lunetas e miras holográficas, aumentam consideravelmente a letalidade dos disparos e caracterizam o grau de profissionalismo no armamento da facção.
Imagens perturbadoras circularam, mostrando carros abarrotados de cadáveres e pessoas tentando cobri-los. A Praça São Lucas, na Penha, se transformou em um cenário de terror, com corpos enfileirados expostos, revelando a gravidade da situação. Os registros visuais e os relatos dos moradores dão conta de um desespero que é difícil de imaginar, mas que ilustra uma realidade, muitas vezes ignorada, que aflige a população local. A operação, considerada a mais letal da história do Rio, não só expôs o poder armamentista do tráfico, mas também colocou em evidência o desespero de uma comunidade que lida cotidianamente com a violência.
