O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou que o objetivo principal da operação era cercar os traficantes e minimizar os confrontos em áreas densamente povoadas. De acordo com ele, a abordagem diferenciada envolveu a incursão pela parte mais alta da montanha, criando uma espécie de “muro humano” formado por policiais, que desempenharam um papel crucial ao restringir o movimento dos criminosos e evitar que eles avançassem nas comunidades. O confronto, conforme informado, teve início às 6h da manhã e se estendeu até as 21h, intensificando a tensão na região.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, se manifestou em relação ao que chamou de “dano colateral”, afirmando que a perda de vidas durante a operação foi “muito pequena”, com a morte de apenas quatro civis inocentes e quatro policiais. Santos ressaltou que o planejamento da ação foi minucioso, com duração de aproximadamente um ano, e envolveu a colaboração de forças policiais de diferentes estados, incluindo o Pará.
Até a manhã da quarta-feira, mais de 130 corpos tinham sido retirados das áreas de conflito, mas o governo do estado reconhece oficialmente um total de 58 mortes — 54 dos suspeitos e 4 policiais. A operação envolveu a mobilização de cerca de 2.500 agentes, civis e militares, sendo considerada uma das mais complexas e arriscadas da história das iniciativas de segurança pública no estado do Rio de Janeiro. A magnitude da operação levanta questões sobre as alternativas para a abordagem do crime organizado e sobre a segurança nas comunidades.
