Megaoperação no Rio: 119 mortos e 118 armas apreendidas, destacando o aumento da utilização de fuzis nas mãos de criminosos em favelas.

Megaoperação no Rio: Ascensão do Fuzil nas Mãos de Criminosos e o Impacto na Segurança Pública

Nesta terça-feira, 28 de setembro, uma megaoperação envolvendo as Polícias Civil e Militar teve como alvo as comunidades do Complexo do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O resultado da ação, marcada por intensos confrontos que culminaram em 119 mortes — incluindo quatro agentes de segurança —, reafirma a prevalência dos fuzis no arsenal dos criminosos que controlam e disputam territórios em favelas cariocas.

Durante a operação, foram apreendidas 118 armas, das quais 91 eram fuzis, o que revela uma mudança alarmante no perfil do armamento utilizado pelos grupos armados no estado. A crescente utilização de fuzis é um indicativo preocupante sobre a evolução da criminalidade e do armamento disponível aos criminosos.

Comparando esta operação com a ocupação das favelas realizada em novembro de 2010, nota-se uma transformação significativa. Naquela época, as pistolas lideravam o ranking das armas apreendidas. Nos cinco primeiros dias da ocupação, 169 pistolas foram confiscadas, seguidas de 136 fuzis. Agora, em contrapartida, o fuzil dominou a cena, destacando-se como a arma preferida do crime organizado. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) também corroboram essa tendência, mostrando que, nos primeiros meses de 2025, as apreensões de fuzis ultrapassaram seu pico histórico, com 593 unidades removidas das ruas.

Em uma coletiva de imprensa na Cidade da Polícia, o delegado Carlos Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, enfatizou a gravidade da situação. Ele observou que os fuzis apreendidos são emblemáticos da realidade enfrentada pelas forças de segurança, classificando-os como “a pior arma em se tratando de criminalidade urbana”.

O valor dos fuzis apreendidos nesta operação é estimado em R$ 5,4 milhões, considerando que cada unidade pode valer em torno de R$ 60 mil no mercado ilegal. Investigações em curso indicam que parte dessas armas de altíssima letalidade foi trazida para o Complexo do Alemão e da Penha por traficantes de outras regiões, fortemente ligadas ao Comando Vermelho, uma das facções mais poderosas do estado.

No desenrolar da operação, 19 fuzis foram confiscados de um grupo de 25 homens na Vila Cruzeiro, que, em um acesso de violência, tomou uma moradora como refém. O cerco da polícia levou os criminosos à rendição, permitindo a apreensão das armas, que incluíam acessórios sofisticados, como lunetas de precisão e miras holográficas, que potencializam a letalidade dos disparos.

Além dos fuzis, a operação resultou na apreensão de 26 pistolas, um revólver e 14 explosivos, todas em perfeito estado de uso. As armas foram utilizadas durante o confronto contra cerca de 2.500 policiais mobilizados nesse esforço. A polícia agora se dedica a investigar a origem do armamento.

Prisão de 113 indivíduos foi outro desdobramento significativo, incluindo 33 líderes de tráfico de drogas de vários estados do Brasil, como Bahia, Ceará, Amazonas e Pernambuco.

Esses eventos não apenas revelam a complexidade da luta contra o crime organizado, mas também destacam a urgência de uma estratégia de segurança pública mais robusta e efetiva para enfrentar a situação alarmante do armamento nas mãos dos criminosos no Rio de Janeiro.

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