Até o momento, 17 indivíduos foram detidos: 11 em solo brasileiro e seis fora do país. O ataque cibernético, que ocorreu em julho, atingiu pelo menos seis instituições financeiras. Mesmo com a gravidade da situação, representantes das instituições afetadas afirmaram que não houve prejuízo direto aos clientes, o que gerou uma sensação de alívio no setor financeiro.
As investigações revelaram que a organização criminosa era altamente estruturada, com funções especializadas para invasões digitais. Os hackers acessavam contas de instituições de pagamento e transferiam quantias significativas rapidamente, convertendo os valores em criptoativos. Esta estratégia permitiu a realização de transações ponto a ponto, evitando registros formais que poderiam levantar suspeitas.
Os investigadores identificaram que os recursos obtidos ilegalmente estavam sendo utilizados para financiar investimentos em ativos digitais, que, posteriormente, eram transformados em bens e dinheiro, tanto no Brasil quanto no exterior. Em resposta a esses crimes, a Justiça brasileira determinou o bloqueio de R$ 640 milhões pertencentes aos suspeitos.
O alvo inicial da invasão foi a empresa C&M Software, que reportou ao Banco Central uma brecha em suas infraestruturas digitais. Os criminosos conseguiram acessar contas reservas, que servem como contas correntes mantidas por bancos para operações financeiras no Banco Central, gerando grande apreensão no mercado. A empresa revelou que os hackers utilizaram credenciais de clientes para perpetrar as fraudes, destacando a complexidade e a organização do crime. Essa operação evidencia a crescente capacidade de atuação do crime cibernético e a necessidade de respostas de segurança mais eficazes no Brasil.
