O primeiro passo do procedimento é verificar se já existem normativas ou propostas legislativas em diferentes esferas do governo que busquem restringir o uso de smartphones nas escolas. No âmbito federal, existem várias propostas em discussão na Câmara dos Deputados, entre elas, o Projeto de Lei nº 104/2015, que pretende proibir o uso de dispositivos eletrônicos durante as aulas, excetuando-se atividades pedagógicas com prévia autorização.
Além disso, outros projetos legislativos, como o PL nº 171/2024 e o PL nº 246/2024, também estão em tramitação. Esses visam regular o uso de celulares em escolas, fixando diretrizes que incluem exceções para alunos com deficiência e usos com propósitos educacionais. O MPF enviou requisições para obter informações das Câmaras Municipais de Maceió e da Assembleia Legislativa de Alagoas, a fim de identificar projetos ou leis em construção relacionados a esta questão. Secretarias municipais e estaduais de educação também foram contactadas para esclarecer possíveis debates em curso sobre a proibição dos celulares nas escolas públicas e privadas. O prazo estipulado para as respostas às solicitações é de 15 dias.
Atualmente, o procedimento se encontra na fase de coleta de informações, e novas ações serão implementadas conforme as análises avançarem. Esta iniciativa do MPF representa um esforço para integrar as políticas educacionais do Brasil às orientações internacionais, com o objetivo de reduzir os possíveis efeitos negativos do uso de tecnologia dentro do ambiente escolar. A medida busca responder às preocupações crescentes sobre como a tecnologia pode impactar a educação, e impulsiona uma discussão mais ampla sobre como gerenciar seu uso de maneira eficaz e benéfica para o aprendizado dos estudantes.