A MSF argumenta que os Estados-membros da UE possuem ferramentas de influência política, econômica e diplomática que poderiam ser empregadas para pressionar Israel a interromper suas ofensivas militares e permitir a entrada irrestrita de ajuda humanitária no enclave. Contudo, a organização critica a evidente omissão de Bruxelas, que, segundo eles, ignora suas responsabilidades em relação à proteção dos civis e ao respeito aos direitos humanos.
O cenário na Faixa de Gaza se agrava desde o final de 2023. Os dados do Ministério da Saúde da região revelam que mais de 55.000 palestinos perderam a vida e que mais de 128.000 foram feridos desde o início dos ataques em 7 de outubro. Apesar destes números alarmantes, a MSF ressalta que alguns países da UE continuam a fornecer armamentos a Israel, que são utilizados nos ataques, evidenciando um profundo paradoxo nas políticas exteriores do bloco.
A reanimação das hostilidades se deu em 18 de março de 2025, após a recusa do Hamas em aceitar um plano proposto pelos Estados Unidos que buscava, dentre outras coisas, a libertação de reféns e a prorrogação de um cessar-fogo. Essa situação complexa e tensa gerou um ciclo de violência que parece sem fim, impactando drasticamente a vida dos civis palestinos.
Diante desse panorama caótico, Médicos Sem Fronteiras clama por uma ação decidida da UE, enfatizando que a passividade da comunidade internacional pode ser interpretada como uma cumplicidade diante de atrocidades cometidas contra a população civil. A organização reitera que a ajuda humanitária não deve ser algo condicionado, mas sim uma prioridade em tempos de crise.
Com a pressão internacional aumentando, a expectativa é que medidas efetivas sejam tomadas para acabar com o sofrimento e a morte desnecessária de inocentes. A urgência de agir é clara, e a responsabilidade recai sobre a comunidade internacional, especialmente sobre poderosos blocos como a União Europeia.