Além disso, uma gerente de outra UBS do Gama mencionou faltas constantes, comentários racistas e pejorativos feitos pelo médico, além de mais relatos de assédio e importunação sexual. Servidoras e pacientes fizeram denúncias junto ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF). A paciente que sofreu o assédio tentou reportar o caso à recepção da UBS, mas foi desencorajada a prosseguir com a acusação.
Uma enfermeira que trabalhou diretamente com Octávio Milton também denunciou os assédios sofridos, que evoluíram de comentários sexuais para atitudes físicas, como o ato de arrancar a blusa da profissional. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam I) e internamente pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). O médico negou todas as acusações, alegando que é vítima de calúnia.
A SES-DF informou que não compactua com qualquer forma de assédio e que está investigando o caso de forma sigilosa. O Conselho Regional de Medicina também repudiou a violência contra as mulheres e profissionais de saúde, afirmando que investigará as denúncias recebidas. A situação causou manifestações de servidores da UBS 5 do Gama, exigindo um posicionamento das autoridades competentes em relação ao caso.
Atualmente, o médico Octávio Milton está afastado temporariamente aguardando o desenrolar das investigações em curso. As pacientes e funcionárias que sofreram os assédios estão em busca de justiça e esperam que as medidas adequadas sejam tomadas para garantir a segurança e integridade das mulheres na unidade de saúde.