Médico do Gama é denunciado por assédio sexual a pacientes e colegas de trabalho, gerando protestos e investigações no DF.

O médico Octávio Milton Saquicela Siquenza, de 65 anos, está sendo acusado de importunar sexualmente diversas pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 do Gama. As denúncias contra ele incluem casos de apalpação durante consultas, elogios inadequados, facilitação de encaminhamentos para pessoas alvos de suas investidas amorosas, além de um incidente em que arrancou a blusa de uma enfermeira. Uma paciente relatou que foi elogiada de forma inconveniente e teve os seios apalpados durante uma consulta, resultando em um diagnóstico errado que causou uma infecção urinária não detectada pelo médico.

Além disso, uma gerente de outra UBS do Gama mencionou faltas constantes, comentários racistas e pejorativos feitos pelo médico, além de mais relatos de assédio e importunação sexual. Servidoras e pacientes fizeram denúncias junto ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF). A paciente que sofreu o assédio tentou reportar o caso à recepção da UBS, mas foi desencorajada a prosseguir com a acusação.

Uma enfermeira que trabalhou diretamente com Octávio Milton também denunciou os assédios sofridos, que evoluíram de comentários sexuais para atitudes físicas, como o ato de arrancar a blusa da profissional. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam I) e internamente pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). O médico negou todas as acusações, alegando que é vítima de calúnia.

A SES-DF informou que não compactua com qualquer forma de assédio e que está investigando o caso de forma sigilosa. O Conselho Regional de Medicina também repudiou a violência contra as mulheres e profissionais de saúde, afirmando que investigará as denúncias recebidas. A situação causou manifestações de servidores da UBS 5 do Gama, exigindo um posicionamento das autoridades competentes em relação ao caso.

Atualmente, o médico Octávio Milton está afastado temporariamente aguardando o desenrolar das investigações em curso. As pacientes e funcionárias que sofreram os assédios estão em busca de justiça e esperam que as medidas adequadas sejam tomadas para garantir a segurança e integridade das mulheres na unidade de saúde.

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