A vereadora Roberta Lopes, do mesmo partido do deputado, foi quem trouxe à tona a denúncia. Segundo ela, a postagem da médica constituía uma clara incitação à violência, na qual ela teria sugerido a execução de um ataque com faca enquanto Ferreira realizava sua visita ao hospital. A parlamentar não hesitou em tomar uma série de medidas administrativas e legais para lidar com a situação, classificando o comportamento da médica como inaceitável.
Em decorrência das graves alegações, a Maternidade Therezinha de Jesus decidiu suspender a médica imediatamente. Após uma reunião de emergência realizada na segunda-feira, 22 de outubro, a suspensão foi mantida até que uma análise aprofundada seja realizada pelo Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG). A administração da instituição também notificou a Comissão Estadual de Residência Médica, assim como o CRM do Rio de Janeiro, considerando que a médica possui registro naquele estado.
Dentre as ações que Roberta Lopes tomou, estão o registro de um boletim de ocorrência, a elaboração de uma moção de repúdio que foi aprovada pela Câmara Municipal e o envio de uma denúncia ao Ministério Público, solicitando a abertura de um inquérito. Enquanto as investigações estão em andamento, a médica permanece afastada, sem uma previsão definida para o retorno às suas atividades na maternidade.
Este episódio trouxe à tona um debate acirrado sobre a responsabilidade dos profissionais de saúde e os limites da liberdade de expressão, especialmente no contexto atual, onde a polarização política é evidente. A situação permanece sob vigilância, e os desdobramentos dos trâmites legais e administrativos ainda podem ter consequências significativas para a profissional envolvida.