O episódio teria ocorrido no dia 1° de abril de 2024, quando a médica, em meio a uma discussão sobre a organização das tarefas, teria dirigido palavras ofensivas à sua colega. Entre os insultos proferidos, destaca-se a declaração de que iria “colocar a colega no tronco”, fazendo uma referência clara ao período da escravidão no Brasil. Essas palavras geraram grande constrangimento e afetaram a honra e a dignidade da vítima.
Diante disso, o MPRJ solicitou a condenação de Evelise por crime de injúria racial, com uma pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. Além disso, os procuradores requereram o pagamento de uma indenização para reparar os danos morais sofridos pela técnica de enfermagem. A denúncia foi encaminhada à Vara Criminal da Comarca da Capital para análise e possíveis medidas judiciais.
Segundo o promotor de Justiça Alexandre Themístocles, a conduta da médica foi considerada como ofensiva e repleta de estereótipos racistas, reforçando preconceitos e a ideia discriminatória de que pessoas negras não são aptas para determinados tipos de trabalho. Essas atitudes não podem ser toleradas em uma sociedade que preza pela igualdade e pelo respeito à diversidade.
A reportagem tentou contato com Evelise para obter seu posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno. A defesa da médica não foi encontrada para comentar sobre as acusações. A UFRJ também foi procurada, porém, não se manifestou até o momento. É essencial que casos de injúria racial sejam investigados e punidos para combater a discriminação e promover um ambiente de trabalho respeitoso e inclusivo.