Mec Analisa Aplicação do Enem no Mercosul
O Ministério da Educação (MEC) está considerando a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em países integrantes do Mercosul. O anúncio foi feito pelo ministro Camilo Santana em uma coletiva de imprensa dedicada ao exame. Ele e o presidente do Inep, Manuel Palacios, revelaram que um estudo será iniciado para avaliar a viabilidade desta proposta, que visa realizar a prova em 2026 nas capitais da Argentina, Uruguai e Paraguai.
A proposta busca aplicar o Enem em português, permitindo a participação de candidatos brasileiros e estrangeiros. No entanto, o projeto ainda precisa passar por uma análise minuciosa que inclui a avaliação de custos e a logística necessária. Santana enfatizou que todos os principais detalhes do projeto serão apresentados antes do início das inscrições. Ele pontuou: “Essa é uma proposta que vamos estudar com atenção. Tenho certeza de que encontraremos um caminho viável para atender a essa demanda, fomentando a integração entre os países do bloco”.
Além disso, o ministro destacou a importância da Universidade Latino-Americana da União do Mercosul (UNILA), localizada no Paraná, que reforça a necessidade de ampliar o acesso para estudantes internacionais. Ele mencionou a retomada da obra projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que estará concluída no próximo ano, e expressou a ambição de abrir as portas das universidades para estudantes de Buenos Aires, Montevidéu e Assunção.
No que diz respeito ao Enem realizado no Brasil, neste segundo domingo (16), milhões de candidatos participaram da segunda etapa do exame, que envolveu provas de ciências da natureza e matemática em 1.805 municípios. Segundo informações do Inep, cerca de 70% dos mais de 4,81 milhões de inscritos compareceram nas duas etapas realizadas nos dias 9 e 16 de novembro, taxa semelhante à de edições passadas. Durante a prova, questões de matemática, química, física e biologia foram abordadas.
Adicionalmente, o ministro anunciou que, a partir de 2025, o Enem voltará a servir como um meio de certificar a conclusão do ensino médio para candidatos com mais de 18 anos que cumprirem os requisitos de pontuação. A pré-inscrição dos alunos do ensino médio este ano foi uma novidade bem recebida.
Outro ponto de destaque é a mudança que ocorrerá em 2026, quando o Enem passará a ser utilizado como ferramenta para avaliar o ensino médio, substituindo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). O objetivo desta mudança é motivar os estudantes a se dedicarem mais ao exame.
Em termos de segurança, dados preliminares indicam que cerca de 1.700 candidatos foram eliminados por comportamentos inadequados durante a segunda etapa, um número abaixo da média histórica. Por fim, o exame foi implementado em todas as 27 unidades da federação, utilizando pela primeira vez detectores de metais nas 165 mil salas de prova, visando coibir fraudes.
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