Lideranças do MDB articulam um cenário político onde a colaboração entre os poderes é essencial, argumentando que isso não apenas reduz a pressão sobre os tribunais, mas também reforça a confiança da população no sistema republicano. O texto destaca a necessidade de priorizar o diálogo e o respeito às competências constitucionais, além de elaborar políticas públicas dentro do marco legal existente.
A judicialização das questões tratadas pelo Legislativo tem sido um ponto de contention entre os partidos, especialmente com casos recentes, como a recente reversão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) das alterações nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que haviam sido definidas pelo Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, já expressou sua preocupação com a frequente necessidade de recorrer ao STF para reverter decisões da Casa Legislativa, refletindo o descontentamento presente nas fileiras do Centrão.
O documento do MDB, que não menciona potenciais candidatos para 2026, sugere uma mudança no enfoque em relação a 2022, quando o partido apresentou Simone Tebet como sua candidata à Presidência. Agora, a tendência é que os diretórios estaduais tenham liberdade para apoiar quem desejarem, permitindo uma pluralidade de alianças em um cenário eleitoral em evolução.
Essas diretrizes do MDB evidenciam um desejo de reinventar o papel do partido na política brasileira, buscando soluções que vão além do enfrentamento pontual de crises, optando por um legado de governança mais colaborativa e respeitosa às regras já estabelecidas. A expectativa é que essas propostas encontrem eco entre os eleitores, numa busca por uma política mais eficiente e menos litigiosa.