A controvérsia acendeu, especialmente após um jantar entre Lula e Xi Jinping, onde a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, fez comentários críticos sobre o TikTok. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) aproveitou a Comissão de Relações Exteriores para questionar Vieira sobre a participação de Janja no encontro. Apesar da negativa formal de Vieira sobre convites, ele confirmou que Lula pediu apoio da primeira-dama para abordar preocupações com os impactos nocivos de conteúdos disponíveis nas plataformas digitais, que afetam principalmente crianças e adolescentes.
Durante sua intervenção, Janja teria alertado sobre a propagação de perigosos desafios online e a difusão de conteúdos inapropriados. Lula, por sua vez, enfatizou que não era apenas Janja, mas ele mesmo que havia introduzido a questão, solicitando o auxílio da primeira-dama para compartilhar as preocupações sobre a vulnerabilidade de crianças e mulheres diante dos perigos das redes sociais.
No cenário legislativo, a discussão sobre a regulação das redes sociais está aquecida, com uma quantidade significativa de projetos de lei tramitando no Congresso, que visam diversas abordagens sobre o tema. No entanto, o avanço dessa criminalização enfrenta resistência e tem sido considerado contaminado por disputas ideológicas. O projeto de lei que trata das fake news, por exemplo, foi engavetado pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, levando à frustração tanto de legisladores quanto de defensores da regulação.
Além disso, o tema ganhou destaque recentemente devido a uma ação popular que questiona os custos de uma viagem internacional da primeira-dama, o que gerou críticas e um pedido de esclarecimentos à Justiça Federal. Em meio a esse emaranhado de questões, a relação do Brasil com a China permanece em foco, especialmente considerando a rígida censura que caracteriza a internet no país asiático, onde plataformas como Facebook e Instagram não possuem operações.