Além dos aspectos organizacionais da cúpula, a conversa entre Vieira e Lavrov também incluiu um diálogo sobre a atual crise ucraniana, refletindo a preocupação com questões de segurança internacional e a necessidade de uma abordagem colaborativa para resolver conflitos que afetam a paz global. O vice-ministro da chancelaria russa, Sergei Ryabkov, informou que mais de 30 países já confirmaram presença, evidenciando a relevância do evento no cenário internacional.
A cúpula deste ano tem um significado especial, pois a Rússia assumiu a presidência rotativa do bloco BRICS, que, além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora conta com a adesão de novos membros: Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Essa expansão do grupo sublinha um movimento crescente em direção a uma diplomacia multipolar, onde as vozes de nações em desenvolvimento ganham destaque nas discussões globais.
Os próximos dias devem ser cruciais para definir não apenas a agenda da cúpula, mas também para fortalecer as relações entre os países participantes, que buscarão discutir questões econômicas, sociais e de segurança. A reunião em Kazan representa uma oportunidade para que os líderes confraternizem e coordenem esforços em áreas que vão desde o comércio até sistemas de segurança regional e a luta contra desafios globais, como a mudança climática e as ameaças à paz.
Diante das tensões geopolíticas atuais, a relevância da cúpula do BRICS está diretamente ligada à tentativa de promover um diálogo construtivo e uma agenda que priorize o desenvolvimento sustentável e a cooperação entre nações em um mundo cada vez mais interconectado e complexo. A expectativa é que essa cúpula proporcione um espaço para a elaboração de estratégias colaborativas efetivas entre os participantes.