Liliane Ribeiro dos Santos, de 33 anos, deu um doloroso relato à TV Bahia, descrevendo diversas violências enfrentadas durante o período que esteve na maternidade. Segundo ela, mesmo com recomendação médica de cesariana, foi submetida a um parto normal. Durante o procedimento, a cabeça do bebê foi expelida e a médica utilizou uma luva rasgada para realizar a manobra de retirada, detalhe notado pelo marido da gestante.
O momento de extrema aflição se deu quando a mãe alega que a unha da médica perfurou o pescoço do bebê durante o parto. Apesar dos esforços para reanimar a criança, infelizmente, o óbito foi confirmado. Liliane também relata ter sido maltratada pela equipe médica e abandonada pela profissional antes da conclusão do parto, tendo que aguardar cerca de 40 minutos mesmo com o líquido amniótico vazando.
Diante da gravidade do caso, a Polícia Civil abriu uma investigação e aguarda os laudos periciais para esclarecer os fatos. O Ministério Público da Bahia também se pronunciou, afirmando que irá conduzir uma investigação para verificar se houve erro por parte dos profissionais de saúde e, se for o caso, responsabilizá-los criminalmente, além de apurar se houve violência obstétrica.
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia da Bahia (Sogiba) emitiu uma nota explicativa sobre a situação, atribuindo a morte do bebê a uma distocia de ombro, que é uma complicação rara e imprevisível que ocorre em uma pequena porcentagem dos partos. A entidade reforçou a complexidade do caso e a importância de avaliar todas as circunstâncias envolvidas.
A Secretaria de Saúde da Bahia se comprometeu a investigar com transparência o caso e esclarecer os detalhes do ocorrido. Diante da dor da família, que não acredita na versão de que o bebê nasceu morto, foi solicitada a realização de exames no Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer a verdade. A investigação segue em andamento para desvendar esse trágico episódio e buscar justiça para a família enlutada.