O termo “holocausto”, que historicamente designava grandes massacres, passou a ser associado ao genocídio nazista contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, algumas pessoas consideram que os ataques perpetrados em Gaza têm um caráter semelhante, dada a quantidade de vítimas civis, em sua maioria mulheres e crianças.
Segundo o relatório da ONU, das mais de 8 mil mortes investigadas, mais de 3,5 mil eram crianças e mais de 2 mil eram mulheres. Entre as vítimas, havia desde um recém-nascido até uma idosa de 97 anos. O documento denuncia a violação sistemática dos princípios do direito internacional humanitário, destacando que a maioria das mortes ocorreu em áreas residenciais.
As famílias palestinas têm sido duramente atingidas pelos ataques, com relatos de perdas de dezenas de membros em um único núcleo familiar. A situação de escassez de recursos básicos, como água, luz, comida e remédios, agrava ainda mais o quadro humanitário na região.
Além das vítimas civis, a guerra em Gaza também tem vitimado jornalistas e profissionais da mídia. Mais de 120 jornalistas palestinos foram mortos durante o conflito, tornando este ano o mais mortal para a categoria desde 1992. A proibição da imprensa de acompanhar os acontecimentos de perto dificulta a divulgação dos horrores vividos na região.
Diante desses números e relatos, crescem as críticas à conduta das Forças de Defesa de Israel e ao silêncio da comunidade internacional diante da crise humanitária em Gaza. A tragédia que se desenrola na região clama por uma ação urgente e efetiva para frear a violência e proteger a vida dos civis inocentes.