Marta Suplicy aceita convite de Lula para ser vice de Boulos e causa constrangimento no PSOL por histórico de desavenças.



A ex-prefeita de São Paulo e ex-senadora, Marta Suplicy, recentemente demitida pelo prefeito Ricardo Nunes após aceitar o convite para ser vice de Guilherme Boulos nas eleições municipais em São Paulo, poderá enfrentar dificuldades para se aproximar do PSOL, partido aliado de Boulos. Isso se deve ao histórico de farpas e divergências entre Marta e Luiza Erundina, deputada federal pelo PSOL.

Marta Suplicy, que ocupava o cargo de Secretária de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo até a última terça-feira, viajou a Brasília para um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocasião em que teria recebido o convite para se filiar ao Partido dos Trabalhadores e se unir ao projeto de Boulos para a prefeitura da capital paulista.

A trajetória política de Marta inclui ter sido ministra do Turismo no governo de Lula e da Cultura durante a gestão de Dilma Rousseff, além de ter passado pelo PMDB de Michel Temer e se filiado ao Solidariedade em 2018, estando sem partido desde 2020.

A relação conturbada entre Marta e Luiza Erundina remonta a eleições passadas, como em 2000, quando Erundina se recusou a abandonar a disputa pela prefeitura de São Paulo para apoiar Marta, então candidata petista. Em 2004, quando Marta tentava a reeleição, Erundina novamente se recusou a apoiar o PT no segundo turno da eleição, preferindo se afastar do partido.

Em 2016, as divergências se aprofundaram ainda mais, já no PSOL, com Erundina chamando Marta de “traidora do povo” após sua filiação ao partido de Michel Temer. Durante as eleições municipais de 2020, Erundina era vice de Boulos, que criticou Marta em comícios e nas redes sociais, enquanto Marta apoiou Bruno Covas e também fez críticas a Boulos.

A recente indicação de Marta como vice de Boulos tem gerado desconforto no PSOL, mas também há quem destaque sua gestão na Prefeitura, priorizando políticas sociais e deixando um legado, como os Centros Educacionais Unificados (CEU) e o Bilhete Único, especialmente nas periferias da cidade.

Dessa forma, Marta Suplicy terá que superar antigas divergências e conquistar a confiança do PSOL, partido aliado de seu novo parceiro de chapa, Guilherme Boulos, na disputa pela prefeitura de São Paulo.

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