Durante sua fala de abertura, Marluce expressou uma profunda emoção ao recordar sua longa jornada na vida pública. “Fui tocada por um sentimento que vai além da formalidade institucional, uma emoção genuína de quem percorreu uma longa jornada de vida pública. Este momento representa para mim não apenas mais uma etapa do processo, mas a expressão viva da cidadania brasileira”, destacou. Além de sua trajetória pessoal, ela enfatizou a influência significativa de seus pais em sua formação, especialmente sua mãe, que foi professora, tabeliã e a primeira prefeita de Ibateguara, cidade situada na Zona da Mata alagoana.
Natural da cidade de Ibateguara, Marluce possui pós-graduação em Direito Constitucional e Processual. Sua carreira no MPAL teve início em 1986, e em 2021, ela foi promovida a procuradora de Justiça. Ao longo de sua trajetória, a procuradora se destacou em diversas áreas, incluindo a atuação em casos criminais e na defesa dos direitos humanos. Marluce é uma das figuras chave nas discussões que, posteriormente, resultaram na criação da Lei Seca, uma legislação de grande relevância no combate à embriaguez ao volante.
A etapa da sabatina na CCJ é um trâmite necessário para a confirmação da nomeação ao STJ. Após a avaliação e possível aprovação pela comissão, o nome de Marluce seguirá para votação no plenário do Senado. Caso consiga a aprovação em ambos os estágios, ela terá a oportunidade de integrar uma das cortes superiores do Judiciário brasileiro, fortalecendo ainda mais sua contribuição para o sistema jurídico do país. A expectativa é alta, tanto para Marluce quanto para seus apoiadores, que veem a aprovação como um passo significativo não apenas em sua carreira, mas também para a representação feminina e a diversidade nas esferas de poder do Brasil.