Marluce Caldas defende unificação do Judiciário no combate ao tráfico e enfatiza a importância da vida nas fiscalizações de trânsito durante sabatina no Senado.

Durante uma sabatina promovida pelo Senado, a procuradora do Ministério Público de Alagoas, Marluce Caldas, trouxe à tona questões cruciais sobre a necessidade de uma unificação de entendimentos dentro do Judiciário em relação ao tráfico de drogas. Em sua fala, direcionada ao senador Sérgio Moro, Caldas enfatizou a grave questão da superlotação das prisões no Brasil, indicando que um número alarmante de mulheres e jovens se vêem envolvidos no tráfico de narcóticos. “As nossas cadeias estão sobrecarregadas, e muitos adolescentes entram nesse crime, desperdiçando oportunidades que poderiam mudar suas vidas”, alertou a procuradora, defendendo a importância de uma atuação conjunta entre o Ministério Público e o Judiciário para enfrentar esse desafio social.

Além das ameaças geradas pelo tráfico de drogas, Marluce Caldas também abordou a problemática da Lei Seca, com a qual está intimamente familiarizada, dada sua participação nas discussões que culminaram em sua aprovação. A procuradora destacou a necessidade da utilização do etilômetro como prova obrigatória em casos de condução sob efeito de álcool. “O que realmente importa, e deve estar acima de tudo, é o interesse público: a vida”, ressaltou, sublinhando a gravidade da questão.

Caldas alertou ainda sobre a responsabilidade dos agentes de segurança pública. Em situações em que há evidências claras de embriaguez, ela defendeu que esses profissionais não devem permitir que o motorista siga dirigindo, destacando o risco de tragédias. “É preferível aplicar a lei de maneira criteriosa e cautelosa do que correr o risco de permitir que alguém tire a própria vida ou de terceiros”, acrescentou.

Para a procuradora, tanto na luta contra o tráfico de drogas quanto na fiscalização do trânsito, o enfoque deve ser sempre na preservação da vida, refletindo a importância de uma atuação proativa e firme das instituições envolvidas. A mensagem de Caldas ressoa como um apelo à urgência de ações coordenadas que visem não apenas a punição, mas a prevenção e a proteção social.

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