Os cruzadores da classe Ticonderoga, que entraram em serviço entre 1983 e 1994, têm se mostrado obsoletos frente aos desafios contemporâneos de combate marítimo. Enquanto apenas nove dos 27 Ticonderoga permanecem ativos, cinco foram desativados recentemente, gerando preocupações sobre a capacidade de ataque da Marinha. A expectativa inicial era que esses navios fossem atualizados para se tornarem competitivos em um cenário militar cada vez mais exigente.
A Marinha justificou a falha na modernização com a combinação de problemas derivados da pandemia de COVID-19, que afetou as cadeias de suprimento, a falta de infraestrutura adequada para reparos navais e a escassez de mão de obra especializada. Para afrontar essa situação adversa, foram sugeridas recomendações que incluem um planejamento mais detalhado dos programas de modernização e uma análise completa das falhas anteriores.
Ainda que haja um esforço em explorar alternativas, o futuro dos cruzadores Ticonderoga se mostra incerto. O novo modelo que está sendo considerado como um possível substituto é o Arleigh Burke, da série Flight III, que possui manutenção mais econômica, embora com poder de fogo inferior. Contudo, especialistas indicam que esses navios modernos não são suficientes para as demandas da guerra naval contemporânea.
A trajetória dos Ticonderoga, que por quase três décadas dominaram as operações de combate da frota de superfície dos EUA, começa a encerrar-se, e a Marinha enfrenta a necessidade urgente de inovar e se adaptar a um novo paradigma militar. Em um contexto em que o Ocidente e o Oriente se afastam cada vez mais de navios de guerra grandes e sofisticados, a modernização e substituição da frota se tornam não apenas uma questão de investimento, mas de sobrevivência estratégica.