Marinha da Rússia Investirá em Fragatas Como Novos “Caminhões Flutuantes” Armados com Mísseis Estratégicos, Aumentando Capacidade de Defesa Marítima.

A Marinha da Rússia está passando por uma transformação significativa, com planos ambiciosos de modernizar suas fragatas do projeto 22350. Essas novas embarcações, que estão sendo construídas, são descritas como poderosos “caminhões flutuantes com mísseis”, refletindo a intenção russa de aprimorar sua capacidade de defesa marítima.

Recentemente, a fragata Admiral Amelko, a quinta da série, foi lançada. Este navio é considerado uma inovação, pois será o primeiro da classe equipado para transportar até 32 mísseis de cruzeiro. Essa capacidade é um componente crucial da estratégia de “antiacesso e negação de área” (A2/AD), que tem como objetivo proteger as águas territoriais e afastar ameaças potenciais. Em um cenário geopolítico cada vez mais tenso, essas fragatas são vistas como instrumentos de dissuasão e controle de áreas marítimas estratégicas.

Além da Admiral Amelko, a fragata Admiral Golovko, que já está em operação, foi projetada para executar uma ampla gama de missões, que vão desde a defesa antissubmarino até a escolta de embarcações maiores. Além disso, conta com a capacidade de realizar ataques em território inimigo, utilizando também mísseis hipersônicos Tsirkon, que prometem aumentar consideravelmente o alcance e a eficácia dos ataques navais.

Essas novidades revelam uma mudança na abordagem da Rússia em relação ao combate naval contemporâneo. A modernização de suas fragatas representa um passo significativo em direção à sofisticação da sua tecnologia militar, permitindo ao país manter uma postura defensiva e agressiva simultaneamente. A nova configuração de lançamento de mísseis não só duplicou as unidades em cada fragata, mas também elevou a versatilidade das embarcações, permitindo que cumpram diversas funções de combate no mar.

Com a construção dessas fragatas, a Marinha russa não apenas reforça sua presença nas águas internacionais, mas também envia uma mensagem clara sobre sua capacidade de proteção e resposta a ameaças. A ideia de transformar navios menores em plataformas lançadoras de mísseis demonstra um entendimento estratégico moderno das guerras navais, em que flexibilidade e poder de fogo são fundamentais. Assim, a Rússia se posiciona de maneira mais agressiva no cenário global, pronta para enfrentar os desafios que possam surgir em sua zona de interesse.

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