Recentemente, a fragata Admiral Amelko, a quinta da série, foi lançada. Este navio é considerado uma inovação, pois será o primeiro da classe equipado para transportar até 32 mísseis de cruzeiro. Essa capacidade é um componente crucial da estratégia de “antiacesso e negação de área” (A2/AD), que tem como objetivo proteger as águas territoriais e afastar ameaças potenciais. Em um cenário geopolítico cada vez mais tenso, essas fragatas são vistas como instrumentos de dissuasão e controle de áreas marítimas estratégicas.
Além da Admiral Amelko, a fragata Admiral Golovko, que já está em operação, foi projetada para executar uma ampla gama de missões, que vão desde a defesa antissubmarino até a escolta de embarcações maiores. Além disso, conta com a capacidade de realizar ataques em território inimigo, utilizando também mísseis hipersônicos Tsirkon, que prometem aumentar consideravelmente o alcance e a eficácia dos ataques navais.
Essas novidades revelam uma mudança na abordagem da Rússia em relação ao combate naval contemporâneo. A modernização de suas fragatas representa um passo significativo em direção à sofisticação da sua tecnologia militar, permitindo ao país manter uma postura defensiva e agressiva simultaneamente. A nova configuração de lançamento de mísseis não só duplicou as unidades em cada fragata, mas também elevou a versatilidade das embarcações, permitindo que cumpram diversas funções de combate no mar.
Com a construção dessas fragatas, a Marinha russa não apenas reforça sua presença nas águas internacionais, mas também envia uma mensagem clara sobre sua capacidade de proteção e resposta a ameaças. A ideia de transformar navios menores em plataformas lançadoras de mísseis demonstra um entendimento estratégico moderno das guerras navais, em que flexibilidade e poder de fogo são fundamentais. Assim, a Rússia se posiciona de maneira mais agressiva no cenário global, pronta para enfrentar os desafios que possam surgir em sua zona de interesse.