Com a instauração do inquérito, o objetivo é apurar eventuais irregularidades que possam configurar um crime militar. A intenção é reunir os elementos necessários para que o Ministério Público possa oferecer uma denúncia ou arquivar o caso.
O empresário André Martinez, da empresa Transuniversal Pinturas, possui contratos com a Marinha desde 2011, totalizando ao menos R$ 120 milhões em pagamentos. A empresa também mantém contratos com o Arsenal da Marinha e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).
Em resposta às acusações, a Marinha afirmou que não comenta investigações em andamento e reafirmou seu compromisso com a sociedade e com a observância da legislação. Já André Martinez defendeu-se, alegando que os valores sacados na Base Naval eram destinados ao pagamento de funcionários da empresa, que muitas vezes não possuem conta bancária. Ele enviou ao MP Militar documentos que comprovam a prática recorrente de saques para pagamentos.
Martinez negou qualquer pagamento indevido a militares e garantiu que sua empresa sempre agiu de acordo com a lei, ganhando contratos por meio de licitações públicas e seguindo os regulamentos para contratação. Ele explicou que o valor do saque na ocasião era mais alto devido a um acerto de contas com funcionários devido ao término de um contrato com a Marinha.