Em uma entrevista à emissora TF1, Le Pen argumentou que a severidade da sentença proposta é desproporcional e apresenta uma injustiça chocante. “Ela é extremamente excessiva, pois o promotor pede uma sentença incomparável com outras acusações similares, chegando a exigir minha morte política com execução imediata”, declarou a ex-candidata à presidência da França.
Se a Justiça francesa acolher a solicitação do Ministério Público, Le Pen ficaria impossibilitada de concorrer nas eleições presidenciais de 2027, marcando um golpe significativo em suas aspirações políticas. Além da inelegibilidade, o Ministério também solicitou uma pena de prisão de cinco anos, embora a defesa tenha a possibilidade de apresentar uma proposta que poderia reduzir essa penalidade para dois anos de prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
Além disso, o órgão requisitou uma multa de 2 milhões de euros – aproximadamente 12,2 milhões de reais – a ser paga pelo partido de Le Pen, intensificando ainda mais a pressão sobre a líder da extrema direita. Essa situação gera um cenário tenso para o futuro político de uma das figuras mais influentes da política francesa contemporânea, à medida que as implicações de seu envolvimento em atividades ilícitas repercutem por todo o espectro político do país.
Enquanto Le Pen se prepara para enfrentar esses desafios legais, seu partido continua ativo na disputa política, tentando se reestruturar e consolidar apoio entre os eleitores, além de buscar alianças estratégicas dentro e fora da França. Esse caso não apenas representa um teste para Le Pen, mas também pode reconfigurar o cenário político nacional, à medida que as eleições se aproximam.
