Aos 39 anos, Mariana se consolidou como uma das mais respeitadas vozes da nova literatura brasileira. Sua trajetória inclui uma variedade de obras, que vão desde literatura infantojuvenil, como “Sabor paciência”, até a participação em premiações importantes, como o Prêmio Jabuti, onde esteve entre os indicados com “Se deus me chamar não vou” em 2020 e “É sempre a hora da nossa morte amém” em 2022.
O prêmio do São Paulo de Literatura, em sua 18ª edição, descreveu “A árvore mais sozinha do mundo” como uma obra que combina rigor estético e inovação formal. A introdução de narradores inusitados, como uma árvore, oferece uma perspectiva simbólica rica e amplia as reflexões sobre trabalho, memória e resistência no contexto rural. A crítica destaca a habilidade de Mariana em construir um retrato sensível e complexo da vida no campo, equilibrando poesia com uma análise crítica precisa.
Além de Mariana, outros autores também estavam na disputa pelo prêmio, como “Ressuscitar mamutes”, de uma escritora contemporânea, “Casa de família”, de Paula Fábrio, e a obra “Escalavra”, de Marcelino Freire. Na categoria de melhor romance de estreia de 2024, o autor mineiro recebeu o troféu por “O último dos copistas”, uma obra que explora o ato da escrita. O texto é elogiado por sua prosa elegante e pela habilidade de misturar história, ficção e reflexões literárias de forma inovadora.
Os vencedores do prêmio receberão um montante de R$ 200 mil, além de representar o concurso na 40ª Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México, em 2026. A edição deste ano contou com a participação de 323 obras, evidenciando o potencial vibrante da literatura nacional. Marilia Marton, secretária da Cultura do Estado de São Paulo, destacou a importância de premiar autores que emocionam e inovam, reiterando o papel da literatura como um meio transformador no desenvolvimento humano e na formação de novos leitores.
