Mariana Salomão Carrara é premiada pelo segundo ano consecutivo no Prêmio São Paulo de Literatura com seu romance “A árvore mais sozinha do mundo”

Na última segunda-feira, a autora paulista foi homenageada com o troféu de melhor romance do ano de 2024, durante uma cerimônia realizada na Biblioteca Parque Villa-Lobos, localizada na Zona Oeste de São Paulo. O reconhecimento é pela sua obra “A árvore mais sozinha do mundo”, publicada pela Editora Todavia. Vale destacar que essa não é a primeira vez que Mariana Salomão Carrara se destaca nesse prestigiado concurso: em 2023, ela já havia conquistado o mesmo prêmio com “Não fossem as sílabas do sábado”.

Aos 39 anos, Mariana se consolidou como uma das mais respeitadas vozes da nova literatura brasileira. Sua trajetória inclui uma variedade de obras, que vão desde literatura infantojuvenil, como “Sabor paciência”, até a participação em premiações importantes, como o Prêmio Jabuti, onde esteve entre os indicados com “Se deus me chamar não vou” em 2020 e “É sempre a hora da nossa morte amém” em 2022.

O prêmio do São Paulo de Literatura, em sua 18ª edição, descreveu “A árvore mais sozinha do mundo” como uma obra que combina rigor estético e inovação formal. A introdução de narradores inusitados, como uma árvore, oferece uma perspectiva simbólica rica e amplia as reflexões sobre trabalho, memória e resistência no contexto rural. A crítica destaca a habilidade de Mariana em construir um retrato sensível e complexo da vida no campo, equilibrando poesia com uma análise crítica precisa.

Além de Mariana, outros autores também estavam na disputa pelo prêmio, como “Ressuscitar mamutes”, de uma escritora contemporânea, “Casa de família”, de Paula Fábrio, e a obra “Escalavra”, de Marcelino Freire. Na categoria de melhor romance de estreia de 2024, o autor mineiro recebeu o troféu por “O último dos copistas”, uma obra que explora o ato da escrita. O texto é elogiado por sua prosa elegante e pela habilidade de misturar história, ficção e reflexões literárias de forma inovadora.

Os vencedores do prêmio receberão um montante de R$ 200 mil, além de representar o concurso na 40ª Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México, em 2026. A edição deste ano contou com a participação de 323 obras, evidenciando o potencial vibrante da literatura nacional. Marilia Marton, secretária da Cultura do Estado de São Paulo, destacou a importância de premiar autores que emocionam e inovam, reiterando o papel da literatura como um meio transformador no desenvolvimento humano e na formação de novos leitores.

Sair da versão mobile