Maria do Rosário, subscritora da ação judicial, expressou sua indignação diante do uso do dinheiro proveniente da venda das joias como uma forma de quitar sua dívida. Em entrevista, a parlamentar não hesitou em criticar Bolsonaro, afirmando que ele “não paga nem as próprias contas” e destaca que essa conduta evidencia a falta de responsabilidade do ex-presidente.
Além dessa situação envolvendo as joias, Rosário também comentou sobre as recentes acusações da Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro e 33 outros indivíduos, em um contexto de suposta tentativa de golpe de Estado. Para a deputada, a alta concentração de militares entre os denunciados é preocupante e levanta questões sobre a formação de oficiais no Brasil. Rosário argumenta que “não há golpe sem militarismo”, sugerindo que essa ideologia se enraizou dentro das Forças Armadas, tornando-se um projeto de poder.
A deputada ainda tocou em questões relacionadas à popularidade do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apresenta queda nas avaliações, apontando uma série de fatores que contribuem para essa percepção negativa. Segundo ela, uma “campanha sórdida” e manipulações nas redes sociais, incluindo o uso de algoritmos, têm influenciado a imagem pública do governo. Rosário, porém, também reconhece falhas da gestão partidária em amenizar o preço dos alimentos, afirmando que a necessidade de baixar os custos de produtos essenciais se tornou uma prioridade em sua pauta política.
A declaração de Rosário, ao abordar a venda das joias e os desdobramentos legais envolvendo Bolsonaro, alonga-se por um espectro mais amplo de discussões sobre moralidade política e o papel dos militares na política brasileira, evidenciando um terreno fértil para debates acalorados nos polos opostos do espectro político nacional.









