Desde agosto, Machado não se apresentou publicamente, optando por comunicar-se exclusivamente através de vídeos e postagens em suas redes sociais. Curiosamente, no início de outubro, a própria política tinha reafirmado sua intenção de permanecer na Venezuela, desmentindo qualquer especulação sobre sua possível saída do país. No entanto, com a nova acusação de Maduro, o cenário político venezuelano torna-se ainda mais volátil.
Recentemente, o Ministério Público venezuelano iniciou uma investigação criminal contra Machado e Edmundo González, outro figura da oposição, acusando-os de uma série de crimes, como usurpação de funções e divulgação de informações falsas. González, que foi candidato presidencial pela Plataforma Unitária Democrática (PUD), chegou a Madri no dia 8 de setembro, beneficiando-se de um asilo político ao receber uma passagem segura do governo venezuelano.
As eleições presidenciais na Venezuela, realizadas em 28 de julho, resultaram na reeleição de Maduro, que obteve 51,95% dos votos. González, seu principal adversário, alcançou 43,18%. O PUD, no entanto, rejeitou os resultados oficiais, alegando que as atas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) demonstrariam que o verdadeiro vencedor das eleições seria González.
A situação da oposição na Venezuela reflete um ambiente político dividido e tenso, onde cada movimento é cuidadosamente monitorado e interpretado. A fuga de líderes opositores e os processos judiciais abertos contra eles revelam a gravidade da crise política que o país enfrenta. À medida que as tensões aumentam e as saídas de figuras proeminentes da oposição se tornam cada vez mais comuns, o futuro da política venezuelana permanece incerto.