Margaret Atwood, amiga de longa data de Alice Munro, expressou sua surpresa com as revelações da filha da Nobel de Literatura. Atwood afirmou ao jornal The New York Times que já havia sido alertada sobre problemas na família, mas só tomou conhecimento da história completa ao ler o relato de Andrea na imprensa. A autora de “O conto da aia” questionou a decisão de Munro de permanecer ao lado do homem que abusou de sua filha, sugerindo que a escritora e seu marido faziam parte de uma geração que preferia ignorar os problemas familiares.
Após a denúncia de Andrea em 2004, Fremlin foi condenado a dois anos de liberdade condicional. No entanto, Munro teria reagido de forma negativa, acusando a filha de mentir e defendendo o marido. O policial responsável pelo caso afirmou que a recusa de Munro em apoiar sua própria filha manchou seu legado como escritora.
Por outro lado, Sheila, uma das filhas de Alice Munro, defendeu o legado literário de sua mãe, afirmando que seus erros pessoais não podem apagar sua genialidade como escritora. Ela ressaltou que a família concordou que era importante que Andrea expusesse a verdade sobre o abuso.
O episódio trágico revelou um lado sombrio na vida de Alice Munro, uma escritora consagrada que dedicou sua vida à literatura. Sua decisão de permanecer ao lado do marido agressor e sua reação à denúncia da filha levantaram questões sobre o papel da família e a complexidade das relações pessoais. O legado de Munro como escritora talentosa, no entanto, permanece inabalado, apesar das controvérsias familiares que vieram à tona.