MARECHAL DEODORO! – Vereador acusa chapa do PP de fraude com candidaturas laranjas e pede cassação de mandato em Marechal Deodoro

No cenário político de Marechal Deodoro, Alagoas, uma controvérsia emergiu envolvendo o Partido Progressista (PP) e a recente eleição de Del Cavalcante. O vereador Ednaldo Rocha, do PSB, protocolou uma ação junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL), questionando a legitimidade da chapa que elegeu Cavalcante, trazendo à tona acusações de fraude na cota de gênero. Rocha alega que quatro candidatas do partido atuaram como “laranjas” para burlar a legislação eleitoral, o que, se confirmado, configura uma grave violação à lei.

A cota de gênero, estabelecida pela Lei nº 9.504/97, exige um mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições. Contudo, investigações apontam que candidatas como Mônica Lopes Rodrigues, Valderez Alexandre Souto, Maria Gisélia Silva e Ana Clara Figueiredo Rolim podem ter sido usadas para simular o cumprimento deste critério. Essa simulação seria caracterizada por votações inexpressivas e inconsistências nas prestações de contas, além de ausência de atos de campanha, conforme descrito nos autos do processo nº 24121615510037100000116035520.

A fraude, se confirmada, poderia resultar na cassação da chapa do PP, colocando em xeque o resultado da eleição que levou Del Cavalcante, também presidente do partido na cidade, ao cargo de vereador. Essa situação, além de prejudicar a imagem do partido, gera uma lacuna na representatividade feminina na Câmara Municipal de Marechal Deodoro. A cidade, que não elegeu nenhuma mulher na última eleição, observa seus eleitores marginalizarem candidaturas femininas, como a de Ledice Cavalcante, a última vereadora eleita pela cidade. Sem mulheres na câmara, Marechal Deodoro enfrentará um hiato que se estenderá até 2028, levantando preocupações sobre a igualdade de gênero na política local.

A situação se agrava na reta final do pleito, com a movimentação política intensificando-se e a adesão de vereadores influentes a campanhas de outros candidatos, como Júnior Dâmaso, que promete alterar o equilíbrio das forças locais. Assim, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral não só poderá redefinir os rumos do cenário político atual, mas também influenciará o debate sobre a representatividade de gênero nas esferas políticas brasileiras.

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