Mano Brown Gera Tensão ao Chamar Camila Pitanga de “Mulata” Durante Podcast e Garante Debate sobre Identidade Racial

Durante uma recentíssima edição do podcast “Mano a Mano”, o rapper Mano Brown gerou polêmica ao se referir à atriz Camila Pitanga como “mulata”. O episódio, que contou com a participação do pai de Camila, o também artista Antonio Pitanga, rapidamente se transformou em um momento de tensão e questionamentos sobre raça e identidade.

No decorrer da conversa, que tinha como tema principal a ancestralidade, Mano Brown, aos 55 anos, levantou a questão sobre o uso do termo “mulata”, indagando se poderia chamá-la por esse nome. A atriz, por sua vez, rebatendo essa classificação, afirmou que preferia ser chamada de “negra”, enfatizando a diferença entre como ela é percepcionada e como se identifica pessoalmente.

O diálogo entre os dois artistas aquecia-se à medida que Mano Brown insistia na discussão. Ele comentou sobre a complexidade da identidade racial, afirmando que muitos são lidos como “pardos”, o que não correspondia a como Camila se via. A atriz, então, destacou que essa categorização não fazia sentido para ela, reforçando sua posição de se identificar como uma mulher negra em movimento.

“Eu não me chamo de parda”, declarou Camila, destacando a importância de reconhecer a força da ancestralidade que a molda. Ela mencionou figuras importantes em sua vida, como Benedita da Silva e Vera Manhães, citando a força e clareza que essa herança traz para sua identidade. Camila argumentou que a percepção externa não é necessariamente a essência do indivíduo, que deve se reconhecer sem depender de definições alheias.

Mano Brown, continuando sua linha de raciocínio, expressou que o debate acerca de como são lidos, tanto ele quanto Camila, é recorrente. “Na vida, o mais escuro é sempre lido de forma diferente. É uma realidade que não podemos ignorar”, disse ele, enfatizando a importância da visibilidade e da compreensão das diferentes nuances da identidade racial.

O debate entre os dois artistas, marcado por um tom de respeito e busca de entendimento, tocou em temas cruciais da sociedade contemporânea, revelando a continuidade da discussão sobre raça, identidade e autopercepção no Brasil. A troca de palavras reflete uma luta maior por reconhecimento, respeito e a livre expressão de quem se é.

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