O manipulador, que prestou depoimento por videoconferência à CPI em outubro, mencionou que já havia rebaixado 42 clubes em um amplo esquema de manipulação, movimentando cerca de R$ 300 milhões e atuando em todos os estados do Brasil. Apesar de prometer entregar provas de suas alegações, há fortes suspeitas de que tenha mentido durante a oitiva.
Após o depoimento, uma pessoa que trabalhava com Rogatto e o visitou recentemente procurou os gabinetes dos senadores Jorge Kajuru e Romário, Presidente e Relator da CPI, respectivamente, para fornecer informações sobre o paradeiro do manipulador em Portugal, onde ele estava escondido. Com o mandado de prisão em aberto, as autoridades brasileiras foram informadas e passaram a monitorar Rogatto, que acabou fugindo ao tomar conhecimento da investigação em curso. O alerta vermelho emitido à Interpol nos últimos dias foi eficaz, levando à detenção do manipulador em Dubai.
O caso de William Rogatto expõe a complexidade e a abrangência dos esquemas de manipulação de resultados no futebol, trazendo à tona a necessidade de maior vigilância e combate a práticas fraudulentas no meio esportivo. A prisão do manipulador representa um passo importante na investigação em curso e cria expectativas sobre a revelação de novos detalhes sobre os bastidores do crime organizado que assola o futebol brasileiro.