A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, assinou o manifesto em nome do partido e tem sido uma das críticas mais ferrenhas às propostas de ajuste fiscal. Ela se opõe à desvinculação de benefícios ligados ao salário mínimo e a mudanças nos pisos de saúde e educação, que pressionam o arcabouço fiscal do país.
Intitulado “Mercado financeiro e mídia não podem ditar as regras para o País”, o manifesto vai de encontro às recentes declarações do presidente Lula, que tem criticado o mercado financeiro e cobrado medidas que impactem os mais ricos e as grandes empresas. O documento também aborda a recuperação do nível de emprego e renda da população como argumento para rejeitar cortes mais severos nos gastos sociais.
Além disso, o manifesto critica pressões contrárias ao reajuste real do salário mínimo, a vinculação do valor a aposentadorias e a outras despesas sociais importantes. O texto ressalta a importância de investimentos públicos para a economia e condena a exclusão e injustiça que podem ser geradas pela redução de investimentos.
Por outro lado, Lula tem sido enfático em suas críticas ao mercado e à imprensa, acusando-os de hipocrisia e de pressionar os mais necessitados com cortes de gastos. O governo ainda analisa a possibilidade de limitar o crescimento das despesas do Orçamento, mas ainda não definiu os detalhes do pacote.
Diante dessa situação, o PT confirma seu apoio ao presidente Lula e aguarda as decisões finais em relação ao ajuste fiscal. A incerteza paira sobre as áreas sociais e a sociedade aguarda ansiosamente para saber como o governo irá conciliar as demandas por cortes de gastos com a necessidade de investimento social.