Manifestantes em Maceió pedem anistia e criticam STF em ato em apoio a Jair Bolsonaro

Neste domingo, 3 de setembro, a orla de Maceió se tornou o cenário de uma manifestação significativa, organizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O evento teve seu início no corredor Vera Arruda, no bairro da Jatiúca, e atraiu um expressivo número de participantes, todos adornados nas cores da bandeira nacional: verde e amarelo. Os manifestantes marcharam em direção ao Marco dos Corais, carregando uma vasta gama de faixas, cartazes e bandeiras que expressavam suas convicções.

As principais reivindicações do ato focaram na anistia aos indivíduos detidos em decorrência dos tumultos de 8 de janeiro, além de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à gestão do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os deputados que marcaram presença, destacaram-se o federal Delegado Fábio Costa (PP-AL), o estadual Cabo Bebeto (PL), o vereador Leonardo Dias (PL) e o federal Alfredo Gaspar (União Brasil). Todos estes parlamentares utilizaram a ocasião para apoiar as demandas populares e criticaram, de forma consistente, o que consideram serem abusos de autoridade e a falta de equilíbrio entre os poderes do governo.

Em suas falas, Fábio Costa pregou pela restauração da harmonia institucional, enquanto Leonardo Dias destacou que as penas impostas aos réus do 8 de janeiro são, em sua visão, desproporcionais, e comparou-as a sentenças para crimes hediondos. Cabo Bebeto, em uma retórica mais incisiva, alertou que “a sociedade vive um perigo real de acabar a democracia no Brasil”, chamando a população à vigilância constante. Por sua vez, Alfredo Gaspar, apesar de suas palavras mais medidas, posou ao lado de bonecos que caricaturizavam Lula vestido de presidiário e o ministro Alexandre de Moraes com um ovo em lugar da cabeça — uma imagem que rapidamente gerou reações nas mídias sociais.

Durante a marcha, os manifestantes tomaram as ruas cantando o Hino Nacional e ergueram os bonecos como parte do protesto. Além das críticas internas, houve também menções ao “tarifaço” anunciado pelos Estados Unidos contra o Brasil, para o qual os parlamentares atribuem a responsabilidade à aproximação do governo Lula com potências como a Rússia e a China. O ato culminou no Marco dos Corais, onde reforçou-se o apelo por liberdade e respeito à Constituição, na busca de revitalizar a mensagem de anistia e a defesa das prerrogativas democráticas.

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