Manifestantes da ONG Eco Pelo Clima protestam contra governantes após enchentes no RS: “Governantes negligentes e incompetentes”.



Nesta sexta-feira (31), a ONG Eco Pelo Clima promoveu uma marcha de protesto em Porto Alegre, como parte do movimento global em defesa do meio ambiente. Durante o evento, os manifestantes destacaram que as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul desde o final de abril são resultado do descaso por parte dos governantes locais, a quem classificaram de “negligentes e incompetentes”, apontando diretamente o governador Eduardo Leite e o prefeito da capital, Sebastião Melo.

Os representantes da ONG demonstraram solidariedade às vítimas da crise climática e enfatizaram a necessidade de construir um sistema que não contribua para os problemas ambientais enfrentados pelo estado. Sob o mote de “Capitalismo é desastre ambiental”, os participantes da marcha ressaltaram a urgência de uma mudança de paradigma. Segundo eles, a própria ONG alertou as autoridades sobre a catástrofe iminente.

A Eco Pelo Clima revelou que tem alertado o governo estadual sobre os riscos das mudanças climáticas há bastante tempo, chegando inclusive a solicitar um decreto sobre o assunto em 2020. Durante a marcha, os manifestantes gritaram “Fora os negacionistas” e exigiram a declaração de emergência climática, denunciando as consequências devastadoras das alterações climáticas. Cartazes com mensagens impactantes foram exibidos pelos participantes.

Em paralelo aos protestos, no dia 23 de maio, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governo gaúcho e a Assembleia Legislativa prestem esclarecimentos sobre as alterações no Código Estadual do Meio Ambiente, que flexibilizaram regras ambientais. O Partido Verde (PV) alegou retrocesso ambiental e recorreu ao STF, apontando as mudanças na legislação estadual como responsáveis pela “devastação” no Rio Grande do Sul.

Diante da tragédia ambiental que assola o estado, a Assembleia Legislativa aprovou o Plano Rio Grande, com o objetivo de reconstruir os danos causados pelos eventos climáticos extremos. O plano inclui a criação do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), com aporte inicial de R$ 12 bilhões do governo estadual para custear ações de resiliência climática e mitigação dos impactos socioeconômicos e ambientais das adversidades meteorológicas.

Em meio a essas ações e protestos, a sociedade gaúcha se mobiliza em busca de soluções e respostas concretas para proteger o meio ambiente e garantir a segurança e bem-estar da população afetada pelas adversidades climáticas. O debate sobre a preservação ambiental e a adoção de medidas eficazes se tornam cada vez mais urgentes diante do cenário de desastres naturais que assolam o Rio Grande do Sul.

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