Pela manhã, movimentos sociais e centrais sindicais se reuniram na Praça da República. O foco principal foi a defesa da soberania brasileira e dos serviços públicos, além da urgência de reformas tributárias. Durante o ato, a vice-presidente do SindsaúdeSP, Valéria Fernandes, expressou preocupação com o desmantelamento do Sistema Único de Saúde (SUS), ressaltando que a gestão atual o está transformando em Organizações Sociais, o que, segundo ela, compromete sua qualidade. Ela defendeu a necessidade de fortalecer o serviço público por meio de concursos e destacou um plebiscito popular que propõe ações como a isenção de impostos para rendas abaixo de R$ 5 mil, além da taxação dos super-ricos.
À medida que o dia avançava, a Avenida Paulista se tornava o cenário de uma manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, organizada pelo movimento Reaja Brasil e liderada pelo pastor Silas Malafaia. A principal bandeira do ato foi o clamor pela anistia a condenados pelos ataques ao capital em janeiro de 2023. Omicroempresário Gilberto Teixeira, presente no evento, transmitiu a crença de que a anistia poderia ser um caminho para a pacificação do país, afirmando que muitos foram condenados de maneira desigual.
Além disso, figuras curiosas surgiram nas manifestações, como Ronaldo Vinicius Moreira de Oliveira, um trabalhador têxtil que criava bonecos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reconhecidos por seu sucesso entre os apoiadores do governo. Por outro lado, o professor Marciano Souza defendia uma proposta de restauração da monarquia, argumentando que esse modelo poderia trazer estabilidade e unificar o Brasil em tempos de divisões intensas.
Esses atos, com suas mensagens contraditórias e propostas divergentes, não apenas marcaram o 7 de setembro em São Paulo, mas também abriram um espaço para o debate sobre os rumos políticos do Brasil, evidenciando a necessidade de diálogo em um ambiente de intensas discordâncias.