O ato teve como principal objetivo a defesa do Estado democrático de direito e foi convocado após a morte de Clériston Pereira da Cunha, um dos presos pelos atos de depredação da Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. O manifestante veio a óbito durante um banho de sol na Penitenciária da Papuda, em Brasília, no último dia 20.
O grupo de pesquisa “Monitor do debate político”, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, utilizou uma metodologia baseada em fotos tiradas por drones para calcular a quantidade de pessoas presentes no ato. A análise das imagens é feita por meio do método Point to Point Network, que identifica as cabeças de pessoas nas imagens e estima o público total, com um erro percentual médio de 12% para mais ou para menos na contagem.
A manifestação se concentrou em um quarteirão em frente ao Masp e contou com a presença de apenas um trio elétrico, onde parlamentares e lideranças religiosas discursaram. Vale ressaltar que essa foi a última grande manifestação em favor de Bolsonaro a ser realizada na Avenida Paulista, resultando em uma redução de mais da metade do público cativo nesse tipo de ato em comparação com o ato realizado em 7 de setembro de 2022, que contou com a presença estimada de 32 mil pessoas.
Com números menores em comparação com manifestações anteriores, o ato de apoio a Bolsonaro na Avenida Paulista demonstra uma menor adesão do público em relação ao ex-presidente em comparação com eventos anteriores, refletindo possíveis mudanças no cenário político e no apoio popular ao político.