O acusado é réu em dois homicídios consumados, sete homicídios tentados, sete estupros e cinco roubos, ocorridos entre 2018 e 2020. Durante o processo, Silva admitiu ter assassinado uma mulher em uma discussão por drogas, mas negou os outros crimes atribuídos a ele. A Polícia Civil identificou pelo menos 17 mulheres como vítimas do criminoso, e os processos estão em andamento em diversas cidades da região.
O advogado de defesa de Silva, Emerson Bertolini Andrade, declarou que pretende recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) com o objetivo de reduzir a pena. Ele também mencionou que irá apontar supostas “falhas processuais” no caso. Vale ressaltar que o acusado já havia cumprido 20 anos de prisão entre 1997 e 2017 por estupro e homicídio.
Segundo o delegado Wander Solgon, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto, o “Maníaco do Corcel” utilizava um carro Corcel para abordar suas vítimas nos anos 1990. Após sair da prisão, ele teria trocado o veículo por um Corsa para cometer os crimes mais recentes. As investigações apontam que os delitos ocorreram em diversas cidades próximas a Rio Preto, como Monte Aprazível.
A legislação brasileira estabelece que um indivíduo pode permanecer preso por até 40 anos. Em 2019, o pacote Anticrime, elaborado pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, aumentou o prazo máximo de detenção de 30 para 40 anos. Silva foi capturado em 2020 e continua sob custódia. O delegado Solgon classificou a sentença como uma das mais altas que já presenciou ao longo de três décadas de carreira. O caso do “Maníaco do Corcel” certamente deixará marcas na história da justiça brasileira.