Esse reconhecimento foi formalizado em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pelo presidente da torcida, André Guerra Ribeiro, com o Ministério Público de Mairiporã (SP) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Com essa medida, a Mancha se compromete a não mais realizar emboscadas, ressaltando um compromisso com a segurança e a responsabilidade social.
Em termos práticos, o TAC impõe uma série de condições para que a torcida possa retomar suas atividades nos estádios. Entre as exigências, destaca-se o pagamento de R$ 2 milhões em indenizações às vítimas envolvidas na emboscada. Este valor será pago parceladamente ao longo de cinco anos e inclui compensações específicas aos herdeiros do torcedor falecido e à empresa proprietária do ônibus incendiado, além de um aporte ao Fundo Municipal de Segurança de Mairiporã.
Embora o TAC permita o retorno da torcida aos jogos, a responsabilidade civil e criminal por eventos relacionados ainda se mantém. As autoridades afirmam que os integrantes já denunciados e outros que possam ser identificados continuarão enfrentando processos legais.
Além disso, a Mancha Alviverde deverá criar um registro completo de seus associados, que será enviado periodicamente à Federação Paulista de Futebol (FPF) e à promotoria. Essa lista deverá incluir informações detalhadas sobre cada membro, numa tentativa de coibir ações violentas no futuro. A torcida terá também que manter comunicação constante com as autoridades sobre seus deslocamentos e eventos.
Em nota, a Mancha afirmou que leva muito a sério essa nova fase de sua trajetória, anunciando um compromisso renovado com os valores do esporte e reconhecendo as lições aprendidas após o afastamento. A torcida busca um novo começo, reafirmando seu apoio ao Palmeiras e ao bem-estar da comunidade, navegando em direção a uma cultura de paz e respeito no futebol. Esta é uma tentativa não apenas de limpar sua imagem, mas também de garantir a segurança dos eventos que envolvem suas atividades.
