Pedro Silva encontrava-se preso desde janeiro deste ano por agressões contra sua ex-mulher, mas conseguiu escapar da prisão e, subsequentemente, cometeu os homicídios. Durante a ação, o major também perdeu a vida, após uma intervenção do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
A agressividade de Pedro em relação à sua ex-esposa e outras parceiras foi confirmada por familiares. Um sobrinho do major revelou que houve episódios alarmantes de violência, incluindo uma ocasião em que o tio disparou contra a perna de uma de suas companheiras. Esses relatos pintam um quadro de um homem cuja vida familiar era marcada por atos de brutalidade, com a família assistindo a diversos episódios de violência em sua cidade natal, Palmeira dos Índios.
Arrisson Luan Galvão, filho de uma das vítimas, trouxe à tona a dramática sequência de eventos que levou à tragédia. Ele narrou como sua mãe e a tia conseguiram se trancar em um quarto para se proteger, mas o major tentou arrombar a porta. Durante esse desespero, ele usou as crianças como ferramenta de chantagem emocional, cortando o cabelo dos meninos e, de maneira brutal, fazendo ameaças contra a vida do menino de 10 anos. Arrisson descreveu seu irmão como uma criança inteligente, afetuosa, que tinha um futuro promissor pela frente.
Neste momento, as autoridades estão investigando tanto as circunstâncias da fuga de Pedro Silva quanto os motivos que o levaram a cometer essas atrocidades, tendo em vista a profunda crise de violência que agora se desenrola em torno deste trágico evento familiar. A situação ressalta a necessidade urgente de discutir e combater a violência doméstica em todas as suas formas, colocando em evidência a fragilidade da proteção que muitas vítimas ainda enfrentam.