A pesquisa também traz insights sobre a percepção dos jovens. Entre a faixa etária de 16 a 24 anos, a porcentagem de pessoas que acredita em uma tentativa de fuga eleva-se para 60%. Por outro lado, quando se observa a questão em função da renda, a narrativa de um surto psíquico parece encontrar maior ressonância entre os mais abastados, com 40% dispostos a aceitar essa explicação.
A análise regional indica uma divisão significativa nas crenças. No Nordeste, 61% dos entrevistados interpretam o episódio como uma tentativa de fuga, representando a maior taxa entre as regiões do país. Em contrapartida, as regiões Sul e Norte/Centro-Oeste mostram maior adesão à justificativa do surto, cada uma com 40% de aprovação, superando a média nacional de 33%.
Além disso, a pesquisa também abordou o sentimento geral em relação à prisão de Bolsonaro, que foi considerada justa por 54% dos brasileiros, enquanto 40% não concordam com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A pesquisa revelou ainda que, a respeito do local onde o ex-presidente deveria cumprir sua pena, que totaliza 27 anos e três meses, 34% dos entrevistados acreditam que ele deveria ficar em prisão domiciliar. Outros 26% preferem que Bolsonaro vá para um presídio comum, 20% sugerem que ele seja mantido em uma unidade militar e 13% defendem que ele continue na sede da Polícia Federal, onde se encontra atualmente. Por fim, 36% dos brasileiros sentem-se bem informados sobre a situação do ex-presidente, o que contrasta com os 16% que afirmam não ter conhecimento do caso.
