A investigação sobre a morte de Ana Beatriz colocou Albino no radar das autoridades quando ele foi flagrado por câmeras de segurança circulando com um boné e vestimentas escuras. Uma pistola apreendida em sua posse acabou sendo a peça-chave para desvendar os crimes. Os exames da Polícia Científica revelaram que a mesma arma foi utilizada para cometer pelo menos outras nove mortes, ligando Albino de forma irrefutável aos assassinatos.
Um dos casos que se destaca é o do jovem Emerson Wagner da Silva, um barbeiro de 17 anos, morto a tiros no bairro da Ponta Grossa. Sabe-se que Emerson notou um comportamento suspeito de Albino, que tentava arrombar a casa de sua namorada. Ao seguir Albino, o jovem foi alvejado, resultando em sua morte prematura.
Em um recente depoimento revelado pela polícia, Albino admitiu sua participação em oito dos crimes. Ele tentou justificar suas ações alegando que suas vítimas estavam ligadas a atividades criminosas. No entanto, as investigações mostraram que nenhuma delas tinha qualquer tipo de envolvimento com facções. Seus alvos, predominantemente mulheres jovens e morenas, apresentavam um perfil físico específico que incluía cabelo cacheado, com uma das vítimas sendo uma mulher trans.
A delegada responsável pelo caso informou que Albino já planejava futuras execuções, indicando seu perfil criminoso meticulosamente calculado. De acordo com fontes policiais, alguns casos de homicídios ocorridos entre 2019 e 2020 devem ser reabertos, diante da potencial ligação de Albino com esses crimes. Por enquanto, ele enfrenta acusações de homicídio qualificado e outros crimes associados.
O advogado de defesa de Albino, Geoberto Bernardo de Luna, afirma que, apesar das acusações seríssimas, seu cliente tem direito a uma defesa justa. Ele aponta que a linha de sua defesa será baseada no estado mental de Albino, descrito como sociopático, o que ressalta a complexidade e a gravidade deste caso que continua a evoluir, deixando rastros de dor e questionamentos na comunidade local.