Máfia chinesa em ação: Líder foragido e matadores soltos aterrorizam comerciantes em São Paulo. Caso emblemático chama atenção.



No meio da movimentada Rua 25 de Março, um cenário inusitado chamou a atenção das autoridades policiais na tarde de terça-feira, 28 de janeiro. Lin Xianbin, um chinês de 52 anos, foragido da Justiça e condenado a 18 anos por extorsão mediante sequestro e associação criminosa, foi identificado por uma câmera de reconhecimento facial da prefeitura paulistana enquanto caminhava tranquilamente com um cigarro na boca e uma sacola na mão entre as barracas de camelôs.

Membro do Grupo Bitong, uma ramificação da máfia chinesa que atua na extorsão de comerciantes na região central de São Paulo, Xianbin estava na lista de procurados desde janeiro de 2023, quando não retornou de uma saidinha temporária de Natal. Após o alerta interno, três guardas municipais cercaram o foragido e o conduziram sem algemas para a viatura que o levaria de volta à prisão.

As recentes prisões de membros do Grupo Bitong, incluindo o líder Liu Bitong, desencadearam preocupações entre os comerciantes da região, que temem o retorno das ameaças e extorsões pela quadrilha mafiosa. Das 17 pessoas fichadas como integrantes do grupo, apenas dois permanecem presos em São Paulo, enquanto Liu Bitong cumpre pena em uma penitenciária federal em Roraima.

Dagui Wang e Ou Zhou, suspeitos de serem os matadores da máfia, fugiram do Brasil e foram localizados na Guiana, sendo extraditados de volta após passarem pela Espanha. Wang foi beneficiado com o regime aberto em 2024, enquanto Zhou teve sua atual situação não especificada pela SAP. Yong Shuai Liu, condenado a mais de 49 anos de prisão, progrediu para o regime aberto em 2021 devido à pandemia de Covid.

Enquanto membros da máfia são colocados em liberdade, o número de extorsões contra comerciantes chineses em São Paulo tem aumentado nos últimos anos. A atuação do Grupo Bitong, que exige “taxas de proteção” dos empresários sob ameaça de sequestro de familiares, resultou em casos trágicos como os assassinatos de Zhenhui Lin e Chengfeng Lin, que se recusaram a ceder às extorsões.

Apesar das prisões e das tentativas de conter as atividades da máfia chinesa, a complexidade dos casos e a dificuldade em identificar e localizar os acusados evidenciam um desafio constante para as autoridades. Enquanto isso, os comerciantes da região central de São Paulo vivem sob a sombra do medo e da insegurança, temendo as consequências de desafiar um grupo criminoso tão poderoso e perigoso.

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