Rhaniel desapareceu no trajeto entre a sua casa e o reforço escolar (Foto: Arquivo Pessoal)
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Mãe, padrasto e cunhado vão responder por homicídio qualificado. Foto: Arquivo pessoal
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Polícia Civil (PC) de Alagoas concederam uma coletiva e imprensa, nesta segunda-feira (22), para detalhar a investigação sobre o assassinato de Rhaniel Pedro, de 10 anos, que supostamente desapareceu e foi encontrado morto no Clima Bom, em maio.
De acordo com os fatos apurados pelas autoridades, a mãe da criança, Ana Patrícia, Vagner Oliveira, seu cunhado e o padrasto do menino, Vitor Oliveira, participaram do crime e vão responder por homicídio qualificado. Victor já havia sido preso em junho, após ter sido apontado como autor de um estupro contra uma adolescente de 12 anos.
Segundo o delegado Ronilson Medeiros, a mãe surgiu como suspeita por vários motivos, inclusive por ter muitos conflitos familiares. Além disso, ela vendeu uma bola autografada por atletas do CSA por R$ 1,5 mil, que era uma lembrança do filho que estava, à época, desaparecido, e tentou se aproveitar da “fama” para se inscrever em um reality show.
Patrícia e Wagner foram presos na última sexta-feira (19), depois de oficializar o casamento com Vitor. De acordo com a PC, a ação foi para garantir visitar íntimas no sistema prisional. A mulher ainda afirmou estar grávida para pedir prisão domiciliar, mas a própria irmã desmentiu a informação.
De acordo com as investigações, o corpo da criança foi desovado na madrugada do dia 13, enquanto a mãe e o padrasto estavam com o secretário de Segurança, na casa do pai de Rhaniel, em Pernambuco.
O delegado Bruno Emílio afirmou que a mãe sempre se vitimizava, mas não demonstrava afeto pelo filho. Segundo ele, ela chegou até a simular suicídio, mas nenhuma substância citada por Patrícia foi detectada pelos exames em seu organismo.
As autoridades afirmaram ainda durante a coletiva que encontraram registros de 78 pesquisas de caráter pornográfico, com adolescentes e idosos e 46 pesquisas sobre estupro e homicídio. Todas essas buscas foram realizadas um dia antes do assassinato da criança.
Motivação do crime
A Polícia Civil informou que não há informações sobre o que especificamente motivou a ação dos três envolvidos. Existem indícios de que Patrícia já espancou a criança antes. Além disso, Vitor e Wagner usavam drogas frequentemente na residência do casal e Rhaniel sempre reclamava para os parentes.
Sobre o abuso sexual, os delegados disseram que, provavelmente, os criminosos simularam um estupro, já que na camisinha encontrada no local não tinha nenhum material genético.
O caso
Rhaniel Pedro Laurentino da Silva, de 10 anos, estava desaparecido desde a manhã do dia 12 de maio, quando saiu de casa para ir para a aula de reforço, e não foi mais visto. O menino nem sequer chegou ao destino e sua mãe divulgou sua foto nas redes sociais com intuito de achar a criança. Na manhã do dia 13 o menino foi achado sem vida.
De acordo com Joelson Silva, tio de Rhaniel, a família estava em casa quando recebeu o telefonema de uma pessoa afirmando que estava caminhando quando encontrou o corpo de uma criança por trás da Rua Doutor Murilo Cardoso Santana, no Clima Bom.
“Passou um rapaz, ligou para a gente e disse que tinha uma criança jogada por trás da Limpel. Agora disse que a mãe dele tinha que ser forte. O corpo apresentava sangramento”, disse Joelson em uma entrevista a uma emissora de TV local.
Os familiares foram até o local e reconheceram Rhaniel. Ele foi deixado próximo a entulhos, entre uma calçada e um muro, coberto com um pano. A área foi isolada pela Polícia Militar (PM) que aguardava a chegada de mais parentes da criança.