Durante suas duas gravidezes, Catarina não apresentou sintomas do HIV, e o mesmo ocorreu com seu primogênito. Ela relatou o sofrimento ao receber o diagnóstico e a dificuldade em lidar com o preconceito social, que a levou a perder um emprego e a se distanciar de parte de sua própria família, que soube sobre sua condição.
O segundo filho de Catarina enfrentou complicações graves devido às doenças oportunistas decorrentes do HIV, como toxoplasmose, resultando em perda de visão, dificuldades motoras e de comunicação. Apesar disso, todos fazem acompanhamento médico na rede pública e mantêm a carga viral indetectável, embora ainda enfrentem problemas de saúde relacionados à infecção, como herpes e osteopenia.
No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde registrou 727 novos casos de HIV e 136 de Aids de janeiro a novembro do ano corrente, com 16 óbitos decorrentes da doença. Os números se mantêm estáveis nos últimos cinco anos, com uma diminuição dos casos de Aids. A gerente de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, Beatriz Maciel, enfatizou a importância do tratamento precoce para evitar a progressão da doença para a fase mais grave.
A ONG Vida Positiva, idealizada por Vicky Tavares, tem como objetivo acolher e apoiar crianças, jovens e adolescentes soropositivos, buscando sua estabilidade física e mental, enfrentando o preconceito e facilitando sua inserção na sociedade. Com 27 jovens residindo na casa de apoio e assistência a quase 300 famílias, a ONG desempenha um papel fundamental na vida dessas pessoas.
Vicky reforça que o maior desafio não é o vírus em si, mas sim o preconceito enfrentado diariamente pelos pacientes. A ONG se sustenta com doações e a venda da Farofa Solidária, sendo uma fonte crucial de apoio para a comunidade soropositiva.
Para aqueles que desejam contribuir ou obter mais informações sobre a ONG, o contato pode ser feito através do telefone (61) 99942-8970. Além disso, quem quiser adquirir a Farofa Solidária pode buscar mais detalhes no Instagram da instituição (@vovisgourmet).
No DF, os locais onde se pode buscar tratamento para o HIV incluem o Cedin, as policlínicas e ambulatórios de infectologia de diversos hospitais, bem como as unidades básicas de saúde que oferecem testes rápidos e preservativos durante todo o ano.
A luta contra o HIV/Aids continua, e é fundamental que haja uma conscientização constante para combater o preconceito e garantir um tratamento adequado e digno para todos que vivem com a doença.