Esse assunto ganhou destaque desde que, em setembro, a Procuradoria Geral da Colômbia iniciou uma investigação com base em uma denúncia apresentada pelo atual presidente colombiano, Gustavo Petro. Petro alegou que o governo do ex-presidente Iván Duque investiu cerca de 11 milhões de dólares na aquisição desse software, que seria utilizado para monitorar opositores políticos. Durante o contexto das manifestações que ocorreram em 2021 na Colômbia, esses atos de espionagem se tornaram alvo de críticas e denúncias. No entanto, Duque, que governou de 2018 a 2022, nega as acusações de que esse monitoramento foi realizado com fins políticos.
Maduro, ao fazer seu pedido, sinaliza uma preocupação com a realização de investigações sobre as implicações da utilização desse software no contexto das tensões bilaterais entre Venezuela e Colômbia. O presidente venezuelano enfatizou que o uso desse programa não é apenas um legado da administração anterior da Colômbia, mas também uma ferramenta com a qual se buscou afetar a estabilidade e a segurança nacional da Venezuela.
As relações entre os dois países têm sido complexas nos últimos anos, com uma história marcada por desavenças políticas e militares. Recentemente, a administração Maduro tem procurado reforçar a imagem de um governo que enfrenta desafios externos, apresentando-se como um defensor da soberania nacional contra ações hostis oriundas de nações vizinhas. A resposta da Colômbia a esse pedido de Madura e o andamento das investigações em curso são aguardados com grande expectativa, tendo em vista o impacto que tais revelações podem ter na região.
