Com a nova legislação, o governo poderá mobilizar simultaneamente tanto militares quanto civis em situações que forem percebidas como ameaças à soberania ou à estabilidade do país. Essa medida representa um fortalecimento do controle central do Estado sobre diversos segmentos da sociedade, evidenciando uma abordagem mais robusta em relação à defesa nacional. Ao firmar a nova lei, Maduro deixou claro a necessidade de que esses comandos sejam ativados imediatamente, estipulando que a implementação deveria ocorrer nas primeiras horas do dia seguinte.
Durante seu discurso, o presidente enfatizou que a criação dos comandos é um passo vital no fortalecimento de uma “doutrina própria” de defesa, especialmente em um contexto onde existem tensões crescentes com os Estados Unidos, que aumentaram a sua presença militar no Caribe. Maduro descreveu o ambiente atual como um cenário de “guerra psicológica permanente”, enfatizando que a Venezuela deve estar pronta para se defender “de todas as formas possíveis”.
Ele declarou que a ativação dos Comandos Integrados de Defesa é uma resposta a essas ameaças, destacando que o objetivo é garantir que a nação esteja preparada para qualquer tipo de perigo, seja armado ou não. Em palavras assertivas, Maduro afirmou que, caso fosse necessário defender o legado de seus libertadores em uma luta armada, o país estaria pronto para vencer.
Ademais, o presidente mencionou que a implantação dos comandos faz parte de um conjunto de medidas destinadas ao fortalecimento da “paz nacional”, que inclui resistência popular prolongada, ações conjuntas de natureza militar-policial-popular e o recrutamento de milhões de venezuelanos para programas de defesa territorial. Dessa forma, a nova lei não apenas estrutura a defesa nacional, mas também busca criar um senso de unidade e prontidão entre a população em face de potenciais ameaças.
