Maduro propõe ajustes à OPEP+ para garantir estabilidade em preços de petróleo e aumentar a produção venezuelana no cenário global.

Na última segunda-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lançou uma proposta à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Produtores Independentes (OPEP+) com o objetivo de implementar uma estratégia que promova a estabilidade e a justiça nos preços do petróleo ao longo dos próximos dois anos. Durante seu programa “Con Maduro+”, ele enfatizou a importância dos ajustes e refinamentos nos mecanismos de coordenação da OPEP+, visando garantir maior equilíbrio nas relações de mercado e a recuperação de investimentos nas petrolíferas.

Maduro destacou que a OPEP+ tem desempenhado um papel crucial na estabilização do mercado de petróleo. Ele afirmou que, desde a sua criação, a aliança, que inclui países como Rússia e Arábia Saudita, tem sido fundamental para assegurar um mercado sólido e preços equilibrados. Recentemente, a OPEP+ decidiu manter inalterados os parâmetros de seu acordo de produção de petróleo, válido até dezembro de 2026, reafirmando o nível de produção global na declaração de cooperação entre os países membros.

A proposta de Maduro ocorre em um contexto de intensificação das atividades de produção. Oito países da OPEP+ anunciaram um aumento da produção em julho, prevendo um acréscimo de 411 mil barris por dia em relação ao mês anterior, impulsionados por uma perspectiva econômica mais estável. Isso inclui nação como Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Kazakhstão.

Em relação à produção nacional, Maduro declarou que a Venezuela está focada em aumentar sua capacidade produtiva, enfatizando a independência do país neste setor. “A Venezuela não se governa com licenças; somos livres e independentes”, disse o presidente, ressaltando que a produção do país está próxima de 1,1 milhão de barris por dia. Ele também mencionou que os campos operados por joint ventures, incluindo a Chevron, estão em pleno funcionamento, agora sem as restrições anteriores impostas pelos Estados Unidos.

A afirmação de Maduro ocorre após a revogação de licenças de operação da Chevron na Venezuela, um tema que gerou tensão nas relações entre Caracas e Washington. Apesar dessa situação, o presidente venezuelano reafirmou a determinação do país em expandir sua produção de petróleo, sublinhando a capacidade autônoma da nação em conduzir suas atividades econômicas.

Diante desse cenário, a proposta de Maduro representa uma tentativa de alinhar os interesses da Venezuela com os de outros países produtores, buscando uma abordagem coordenada que favoreça tanto os investimentos quanto a estabilidade do mercado global de petróleo.

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