A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, havia chegado um dia antes a Kazan, intensificando a presença do governo da Venezuela no evento. O convite formal para que Maduro participasse da cúpula foi estendido pelo presidente russo, Vladimir Putin, em agosto passado, sinalizando a importância da relação entre os dois países. No entanto, a aproximação de Maduro com o BRICS ocorre em meio a uma controvérsia diplomática com o Brasil. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou-se contra a inclusão da Venezuela no agrupamento, citando a falta de reconhecimento da vitória de Maduro nas eleições realizadas em julho neste ano.
A tensão na relação entre Brasil e Venezuela se reflete nas declarações de ambos os líderes. Lula, por sua vez, foi criticado por Maduro, que não aceitou as falas do presidente brasileiro, o que intensificou a discordância entre os dois países. Durante sua visita à Rússia, Maduro pretende se encontrar com Putin para discutir uma ampla gama de questões, refletindo o interesse da Venezuela em fortalecer laços com a Rússia e outros países membros do BRICS.
Em suas falas ao desembarcar em Kazan, Maduro destacou a relevância da cúpula como uma plataforma para dialogar sobre temas fundamentais para o seu país e para a cooperação multilateral, sinalizando ao mesmo tempo a expectativa de diálogos produtivos com outras lideranças presentes. A cúpula do BRICS promete ser um espaço importante para o fortalecimento das alianças políticas e econômicas entre os países em desenvolvimento, com a Venezuela buscando reafirmar seu papel dentro desse novo contexto global.