Em uma aparição na televisão estatal, Maduro afirmou: “Vou ativar nesta semana um plano especial com mais de 4,5 milhões de milicianos para garantir a cobertura de todo o território nacional. As milícias estão treinadas, ativadas e armadas”. Estas milícias, estabelecidas pelo ex-presidente Hugo Chávez e que contam com cerca de 5 milhões de civis e reservistas, operam sob o comando das Forças Armadas do país.
Respondendo às “ameaças extravagantes” de Washington, Maduro também anunciou a distribuição de armamentos, como fuzis e mísseis, para “a força camponesa” e “a classe operária”, enfatizando que estas medidas são necessárias para defender a soberania e a paz da Venezuela. Durante seu discurso, ele destacou o apoio inabalável dos militares, afirmando que foram os primeiros a expressar solidariedade ao seu governo.
Essas declarações ocorrem em meio a um clima de incerteza e descontentamento popular, com a oposição venezuelana questionando a eficácia da administração de Maduro e clamando por uma mudança significativa. O envio de tropas americanas e o endurecimento da postura dos EUA indicam um agravamento das relações entre os dois países, despertando preocupações sobre um possível confronto militar.
Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, havia confirmado a movimentação de forças navais e aéreas americanas para a região do Caribe, sublinhando a postura agressiva do governo Trump contra o governo venezuelano, que é acusado de estar envolvido em atividades ilícitas como o narcotráfico. Neste cenário conturbado, Maduro parece intensificar sua retórica belicosa, buscando consolidar seu poder interno em meio a pressões externas cada vez mais complexas.